segunda-feira, 23 de outubro de 2023

Como a Igreja primitiva administrava os dízimos, e no que era investido a oferta voluntária?


“Queremos evitar que alguém nos critique quanto ao nosso modelo de administrar essa generosa oferta, pois estamos tendo o cuidado de fazer o que é correto, não apenas aos olhos do SENHOR, mas também aos olhos dos homens” 
(II Coríntios 8: 20, 21).

                                     


Jesus andava com seus discípulos e se assentava no monte para ensinar as pessoas, estas muitas vezes davam uma ajuda generosa como oferta. O dinheiro era usada para suprir as necessidades básicas daqueles que trabalhavam em tempo integral na pregação da Palavra de Deus. A bolsa ou alforge da oferta ficava na responsabilidade de Judas Escariotes. Ou seja, ele cuidava do dinheiro.

"Visto que Judas era o encarregado do dinheiro, alguns pensavam que Jesus estava lhe  dizendo que comprasse o necessário para a festa, ou que desse algo aos pobres" (João13:29).

Quando Jesus enviou os Doze para a primeira missão de prova, deu-lhes algumas instruções e disse o que eles deviam fazer. Em primeiro lugar, Jesus ensinou que eles tinham que se dedicar em pregar a mensagem da Palavra do Pai. Depois falou que eles não levassem bolça ou alforje no cinto que eles usavam, nem ouro nem prata, nem cobre. Eles tinha recebido de graça e a ordem era para eles dar de graça. Ou seja, até aqui Jesus não instruiu-os a respeito de dízimos e ofertas. Jesus ensinou que eles deviam buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e as coisas básicas que eles iriam precisar (água, alimento, roupas, calçados e repouso) seria acrescentado, a providencia vinha como  cumprimento das promessas de Deus para os seus escolhidos. Pois eles estavam saindo para o trabalho do Reino de Deus e todo o trabalhador é digno do seu sustento: "Deus proverá". Eles precisavam confiar na providencia Divina. Era apenas o principio das dores, depois dessa prova eles iriam enfrentar tribunais, açoites, irmãos sendo entregue a morte, seriam levados à presença de governadores e reis, eles iriam bater de frente com inimigos ferozes por causa do Nome de Jesus e da verdade do Evangelho que eles iriam anunciar. "Todos odiarão vocês por minha causa, mas aquele que perseverar até o fim será salvo...Quem recebe vocês recebe a mim; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou...(Mateus 10: 22, 39, 40).

Os Doze saíram como ovelhas no meio de lobos "Eu os estou enviando como ovelhas  no meio de lobos..."(Mateus 10:16). Mas antes de serem enviados eles trabalharam com Jesus, junto com Ele aprenderam tudo que precisavam para começar o trabalho de dois em dois. Os Doze aprenderam vendo Jesus fazer a obra maravilhosa do Pai com jugo suave, fardo leve, mansidão e humildade de coração. Eles viram Jesus trabalhar e fazer tudo de acordo com a vontade de Deus. Agora eles tinham que imitar Jesus em tudo. "Eu dei o exemplo, para que vocês façam como eu fiz" (João 13:15).

Quando eles andavam com Jesus ouviram Jesus dizer para as multidões: 

"Venham todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu darei descanso a vocês. Tomem sobre o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve" (Mateus 11: 28, 29). 

Quando Jesus passava por todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando as boas novas do Reino e curando todas as enfermidades e doenças. As multidões estavam aflitas e desamparadas como ovelha que não tem pastor. Era muito pouco os trabalhadores, Jesus pediu oração para que o Pai enviasse trabalhadores para a sua colheita de almas que estavam sendo resgatadas. Ler Mateus 9:35-38. 

Os doze discípulos foram os primeiros trabalhadores que Jesus enviou. Espiritualmente falando, eles ainda eram meninos imaturos, precisavam passar pela prova e ser aprovados.

"E, se alguém der mesmo que seja apenas um copo de água fria a um destes pequeninos, porque ele é meu discípulo, Eu asseguro que não perderá a sua recompensa." (Mateus 10: 42).

"Por onde forem, preguem esta mensagem: O Reino dos céus está próximo. Curem os enfermos, ressuscitem mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios. Vocês receberam de graça; deem também de graça. Não levem nem ouro, nem prata, nem cobre em seus cintos; Não levem nenhum saco de viajem, nem túnica extra, nem sandálias, nem bordão; pois o trabalhador é digno do seu sustento..."(Mateus 10: 5-10).

Jesus e seus discípulos andavam de cidade em cidade anunciando as boas novas do Reino de Deus, e muitas vezes eles ficavam cansados, principalmente por volta do meio dia já estavam com fome e com sede, para suprir as necessidades básicas eles precisavam de ajuda uns dos outros. 

"Assim, chegou a uma cidade...havia ali o poço de Jacó. Jesus, cansado da viagem, sentou-se à beira do poço. Isso se deu por volta do meio dia. Nisso veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: Dê-me um pouco de água. Os seus discípulos tinham ido comprar comida (João 4: 5-7). 

Embora eles precisassem de dinheiro para comprar o básico para viver neste mundo, Jesus deixou bem claro que o Reino de Deus não é deste mundo, e que a vida deles não dependia somente da oferta, porque nem só de pão (necessidades básicas) viverá o homem. Jesus já tinha o Reino de Deus dentro dele, seu corpo já era o templo do Espírito Santo, a vida de Jesus não dependia somente das coisas dessa vida terrena. Mas os discípulos ainda não tinham nascido de novo, o Reino de Deus ainda não estava dentro deles, por isso a preocupação com a comida. 

Enquanto isso, os discípulos insistiam com ele: "Mestre, coma alguma coisa". Mas Jesus lhes disse: "Tenho algo para comer que vocês não conhecem". Então os discípulos disseram uns aos outros: "Será que alguém lhe trouxe comida?"  Disse Jesus: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e concluir a sua obra. (João 4: 31-34).

Os discípulos estavam preocupados com o que eles iriam comer, viviam ansiosos com as coisas desta vida como agem os incrédulos e perversos que correm atrás das coisas desta vida terrena. Eles precisavam nascer de novo.

Portanto eu digo: Não se preocupem com sua própria vida, quanto ao que comer ou beber, nem com o seu próprio corpo, quanto ao que vestir...Portanto, não se preocupem, dizendo: 'Que vamos comer?' ou 'Que vamos beber?' ou 'Que vamos vestir?' Pois os pagãos é que correm atrás dessas coisas; mas o pai celestial sabe que vocês precisam delas" (Mateus 6: 25, 31, 32).

Com essas palavras Jesus deixou bem claro que embora fosse licito usar a oferta para comprar o básico, eles não precisavam ficar na dependência da oferta que estava na sacola de Judas Escariotes. Pois logo eles estariam com as multidões de seguidores, pessoas acolhedoras que receberiam eles na casa delas, e a colheita de novos convertidos seria muito grande. Eles pregavam a Palavra de Deus de livre vontade, e deveriam viver como  nova criatura,  livre de preocupação e ansiedade com as coisas da vida terrena. Jesus estava ensinando que eles precisavam saber que teriam recompensa por anunciar o Evangelho gratuitamente

"não usando assim, dos meus direitos ao pregá-lo" (I Coríntios 9: 18). 

Eles tinham que entender a necessidade de continuar na dependência dos cuidados e proteção de Deus, e crer no seu amor de Pai, na Sua graça e misericórdia, e não no poder da oferta, ou do dinheiro que vinha dos dízimos e ofertas do povo. A maior prova disso foi o milagre da multiplicação dos pães. O tempo passou e a colheita foi extremamente grande, ali estava as multidões e os discípulos teriam que dar alimento para homens, mulheres e crianças, e eles teriam que fazer isso sem usar o dinheiro da oferta. Os discípulos  ainda não conheciam o poder de Deus, por isso achavam que a única solução para suprir a necessidade daquele povo que já estava com fome, era despedi-los dali para os povoados vizinhos. Mas Jesus tinha algo maior que é bem mais glorioso do que comprar comida. Ou ter dinheiro que serve apenas para comprar coisas perecíveis. 

Jesus lhes disse: "Tenho algo a comer que vocês não conhecem" (João 4: 32).

"Quando Jesus saiu do barco e viu uma grande multidão, teve compaixão deles e curou os seus doentes" (Mateus 14:14).

Enquanto Jesus trabalhava para anunciar a Palavra dando-lhes o alimento que permanece para sempre, os discípulos vendo que já era tarde, estavam preocupados com a falta do pão que perece. E lá foram eles ansiosos incomodar Jesus, achando que deviam despedir a multidão para que fossem comprar comida. Mas para o desespero dos discípulos Jesus falou que Ele não iria despedir a multidão, dizendo-lhes que eles mesmos deviam alimentar aquele povo, cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças. Certamente a oferta que estava na bolsa de Judas Escariotes não dava nem para alimentar as crianças. Eles teriam que acreditar no poder da providência de Deus. 

"Ao cair da tarde, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram: "Este é um lugar deserto, e já está ficando tarde. O SENHOR manda embora a multidão, para que possam ir aos povoados comprar comida". Respondeu Jesus: "Eles não precisam ir. Deem vocês algo para comer". Eles lhe disseram: Tudo o que temos aqui são cinco pães e dois peixes. Jesus disse: "Tragam aqui para mim". E ordenou que a multidão se assentasse na grama. Tomando os cinco pães e os dois peixes e, olhando para o céu, deu graças e partiu os pães. Em seguida, deu-os aos discípulos, e estes à multidão. Todos comeram e ficaram satisfeitos, e os discípulos recolheram doze cestos de pedaços que sobraram. Os que comeram foram cerca de cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças"(Mateus 14: 13-21).

Quanto tempo o diabo e seus demônios ainda vão conseguir enganar as pessoas fazendo elas perder a fé na Palavra, e ficar se preocupando com quantidade de dízimos e ofertas, e confiando no dinheiro? Estes deixam de fazer a vontade de Deus para viver correndo atrás de riqueza, fama, poder do sistema politico, religioso e comercial deste mundo corrupto. Movidos por um espirito maligno as pessoas religiosas vivem ansiosas com o sustento do pão que perece. 

Depois de jejuar quarenta dias e quarenta noite Jesus teve fome. O diabo tentou fazer Jesus se preocupar com o pão que perece contrariando a vontade de Deus, mas Jesus respondeu:: "Está escrito: "Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a Palavra que procede da boca de Deus" (Mateus 4: 4). 

Antes de ressuscitar e subir ao céu Jesus deixou esses ensinos para que a confiança nos cuidados e providência de Deus fosse imitado exatamente como Ele fez. Os discípulos deviam continuar fazendo o serviço do Reino do Pai praticando as mesmas obras, e ainda maiores. Mas Pedro ainda não tinha nascido de novo, com preocupação e ansiedade não seguiu o exemplo de Jesus na parte da oferta, eles já não tinham mais Judas Escariotes para cuidar do dinheiro, Pedro tentou arrumar uma solução por esforço próprio, visto que havia ficado com ele a responsabilidade de administrar o bom andamento da igreja, decidiu que a oferta devia ser colocada aos pés dos apóstolos. Barnabé foi um dos primeiros a se dispor doar o que tinha, e de muita boa vontade ele vendeu um campo e depositou a oferta nos pés dos apóstolos. Mas eles precisavam imitar Jesus como haviam aprendido para não se desviar do Caminho da Justiça, da Verdade e da Vida. A oferta estava sendo feita publicamente, segundo o exemplo dos fariseus. Todos podiam ver a quantia que cada um depositava nos pés dos apóstolos. Estavam tendo o mesmo comportamento dos judeus hipócritas que se alegravam quando recebiam grande quantia de dinheiro dos ricos, mas estes depositavam o que sobrava das suas riquezas. Foi o que aconteceu com Ananias e Safira. Pedro não estava fazendo a obra do jeito que Jesus ensinou. Ele precisava nascer de novo. Estava havendo entre eles uma disputa de quem dá mais. Era a brecha que satanás precisava para começar a competição entre eles. Ananias e Safira ficaram com inveja da boa ação de Barnabé e resolveram fazer a mesma coisa, venderam uma propriedade e disseram que iriam depositar todo dinheiro nos pés dos apóstolos. Mas Ananias reteve uma parte do dinheiro para si, eles mentiram não aos homens, mas ao Espírito Santo. Ler Atos dos Apóstolos 5:1-10. Pedro achou que estava agindo com justiça, mas sua atitude foi segundo as obras da Lei. Não usou de compaixão, nem suplicou a Deus pedindo misericórdia como fez Moises quando Deus se irou e disse que iria destruir aquele povo rebelde de Israel. A suplica de Moisés estava cheia de graça, compaixão e misericórdia. Moises pede que Deus se arrependa do fogo da Sua ira, que tivesse piedade daquele povo. E sucedeu que Deus ouviu e respondeu a suplica de Moises. E Deus arrependeu-se do mal de destruição que iria derramar contra aquele povo. Ler Êxodo 32: 9-14. Pedro não suplicou pela vida de Ananias e Safira, e eles foram exterminados como na época da Lei. Jesus também fazia suplicas de compaixão, graça e misericórdia, e agia por meio do fruto do Espirito Santo, com mansidão e humildade de coração. Esse é o trabalho do Reino de Deus. Mas parece que Pedro esqueceu os ensinamentos de Jesus e começou a se desviar da verdade. Se Moises não tivesse suplicado a Deus por misericórdia, todo aquele povo teria sido morto pela ira de Deus. Creio que se Pedro tivesse suplicado a Deus por misericórdia, Deus teria livrado  Ananias e Safira da morte, assim como livrou aquele povo de ser exterminado da terra para sempre.

Pedro estava tomando atitudes condenáveis aos olhos de Jesus Cristo. Ora, quando Pedro viu os discípulos depositarem ofertas nos pés de Jesus? Nunca. E quando Jesus mandou eles fazer coisas que gerava a morte de alguém publicamente? Nunca. O que estava acontecendo? Eles não estavam andando mais de acordo com a verdade do Evangelho de Jesus Cristo, estavam anulando a graça e a misericórdia de Deus. Eles estavam esquecendo os ensinamentos de Jesus e voltando às praticas da Lei. 

Foi preciso Deus levantar o Apostolo Paulo para esclarecer essas, e outras coisas que estava acontecendo entre eles. Paulo chegou para colocar ordem na casa. Ele mostrou que a justiça de Cristo não vem pelas obras da Lei, pois, se a justiça vem pela Lei, Cristo morreu inutilmente.

"Será que vocês são tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, querem agora se aperfeiçoar pelo esforço próprio" (Gálatas 3: 4).

Paulo conta que foi preciso repreender a Pedro. 

"Quando, porém, Pedro veio a Antioquia, enfrentei-o face a face, por sua atitude condenável...Os demais judeus também se uniram a ele nessa hipocrisia, de modo que até Barnabé se deixou levar. Quando vi que não estavam andando segundo a verdade do Evangelho, declarei a Pedro diante de todos: ...Nós, judeus de nascimento e não gentios pecadores, sabemos que ninguém é justificado pela pratica da Lei, mas mediante a fé em Jesus Cristo. Assim, nós também cremos em Cristo Jesus para sermos justificado pela fé em Cristo, e não pela pratica da Lei, porque pela pratica da Lei ninguém será justificado...A vida que agora vivo no corpo, vivo-o pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim. Não anulo a Graça de Deus; pois, se a justiça vem pela Lei, Cristo morreu inutilmente! (Gálatas 2:-21).

O Apóstolo Paulo se tornou imitador de Jesus, até mesmo no que se refere às ofertas. 

"Tornem-se meus imitadores, como eu sou de Cristo" (I Coríntios 11:1).

O apostolo Paulo seguindo o exemplo de Jesus também não fazia questão de depender das ofertas que recebia das comunidades e igrejas que passava. Muitas vezes seu sustento era suprido com o trabalho das suas próprias mãos, ele sabia que desde menino Jesus como homem também trabalhava. Jesus ajudava José no sustento da casa com o trabalho de carpinteiro. Nós também podemos aprender com o nosso Pai Celestial, Ele é criativo, e fez um trabalho perfeito como Criador, após terminar a obra maravilhosa Deus viu que ficou bom. Jesus gostava de observar o trabalho do Pai na criação, e amava passear no jardim e andar descalço na areia olhando a imensidão do mar. Paulo também tinha uma profissão, ele trabalhava na fabricação de tendas. Certa vez Paulo saiu de Atenas e foi para Corinto. Ali ele encontrou um judeu chamado Áquila, com sua mulher Priscila.  "...e, uma vez que tinham a mesma profissão, Paulo ficou morando e trabalhando com eles, pois eram fabricantes de tendas." (Atos dos Apóstolos 18:3). 

Paulo conhecia a Palavra de Deus e entendia que tinha o direito de usar a oferta para seu sustento, mas ele abre mão desse direito, muitas vezes preferiu não usar o dinheiro das ofertas para evitar obstáculos, tropeços e escândalos que poderia surgir no trabalho da pregação do Evangelho de Jesus Cristo.

Falando do direito dele e de seus companheiros de trabalho, e da renuncia que eles fizeram no que diz respeito à oferta Paulo diz:

"Se outros tem direito de ser sustentado por vocês, não o temos nós ainda mais? Mas nós nunca usamos desse direito. Ao contrario, renunciamos tudo (até o direito da ajuda que é essencial por meio da oferta) para não por obstáculo algum ao Evangelho de Cristo" (I Coríntios 9: 12).

Paulo tinha prazer e grande satisfação de não usar de nenhum desses direitos. Ele sentia-se honrado de não exigir que as pessoas carregassem esse fardo de dar oferta para suprir as suas necessidades básicas. Ele preferia morrer a permitir que alguém tirasse essa alegria de sobrevivência milagrosa, que é herança dos filhos de Deus. E sendo de fato um filho livre e independente, Paulo se fez escravo de todos e nunca usou da posição de "senhor que pratica a justiça por meio da Lei" para tirar proveito próprio no trabalho de anunciar a Palavra. Ele se tornou imitador de Jesus, o qual sendo Filho verdadeiramente livre se fez servo ou escravo de todos, para ganhar o maior número possível de pessoas para o Reino de Deus. 

Os filhos tem os cuidados do Pai, e o Pai deles é um Deus de grandes milagres, eles não precisam depender do dinheiro da oferta do povo para garantir o sustento, isso mostra Espírito de temor, honestidade e lhe traz dignidade diante dos outros. Paulo conhecia a palavra que o SENHOR ordenou: "aqueles que pregam o Evangelho que vivam do evangelho". Contudo, ele não usou desse direito para que depois de ter pregado aos outros, ele mesmo não tivesse a reprovação de Deus, dos seus seguidores e de pessoas que ele desejava ganhar com a pregação da Palavra.

"Mas eu não tenho usado de nenhum desses direitos. Não estou escrevendo na esperança que vocês façam isso por mim. Prefiro morrer a permitir que alguém me tire essa honra. Contudo, quando prego o Evangelho, não posso me orgulhar, pois me é imposta a necessidade de pregar. Ai de mim se não pregar o Evangelho! Porque se prego de livre vontade, tenho recompensa; contudo se prego por obrigação, estou simplesmente cumprindo um dever de servo ou escravo de confiança" (I Coríntios  9: 15 -17).

Quanto aos dízimos Jesus deixou bem claro que os judeus deviam dar: "Vocês devem praticar estas coisas (justiça, a misericórdia e a fidelidade de um verdadeiro filho de Deus) sem omitir aquelas ou sem deixar de dar dizimo e oferta. É preciso praticar aquelas coisas que são mais importantes e colocá-las em primeiro lugar, entregando-se totalmente a Deus e nascer de novo. Os avisos a respeito de "nascer de novo" não podem ser negligenciados. Os que  não nasceram do Espírito Santo não podem entrar no Reino dos céus. "Digo a verdade; Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo" (João 3: 3). 

Oferecer ofertas no altar de pedra, tijolo e cimento e dar os dízimos de tudo por interesse de lucro próprio não representa fidelidade, nem significa que a pessoa tem comunhão íntima e pessoal com Deus. A fidelidade de quem agrada a Deus depende se a pessoa nasceu de novo ou não. 

Quem são os que contribuem com suas ofertas de acordo com a vontade de Deus? 

São os que nasceram de novo, que já foram justificados por Jesus Cristo e tem a vida sendo guiada pelo Espírito Santo? Ou são aqueles que confiam na sua própria justiça, a justiça que vem da Lei, os quais desprezam os mandamentos mais importante do Evangelho de Cristo e rejeitam os outros?

Para ter entendimento daquilo que Jesus ensina é necessário prestar atenção na leitura, refletir nas perguntas acima, ouvir o que Deus quer dizer e guardar a Palavra, assim o Espírito Santo dirá qual é a verdadeira resposta, e quem são os ofertantes que fazem a vontade do Pai. 

Os cristãos das igrejas de Macedônia foram exemplo de quem "nasceram de novo" entregaram-se primeiramente ao SENHOR Jesus, e fizeram a vontade de Deus no que diz respeito a ajuda aos necessitados que havia entre eles por meio da oferta voluntaria. Paulo queria que todos os irmãos tomassem conhecimento do testemunho deles e que era um fruto da graça e misericórdia que Deus concedeu àquelas igrejas.

"Agora irmãos, queremos que vocês tomem conhecimento da graça que Deus concedeu ás igrejas de Macedônia. No meio da mais severa tribulação, a grande alegria e a extrema pobreza deles transbordou em rica generosidade. Pois dou testemunho de que eles deram tudo quanto podiam e até além do que podiam. Por iniciativa própria eles nos suplicaram insistentemente que nós deixasse eles ter esse privilegio de participar da assistência aos santos. E não somente fizeram o que esperávamos mas entregaram-se a si mesmos ao SENHOR e, depois, a nós, pela vontade de Deus...Todavia, assim como vocês se destacam em tudo: na fé, na palavra, no conhecimento, na dedicação completa e no amor que vocês têm por nós, destaquem-se também nesse privilegio de contribuir. Não estou dando uma ordem (ninguém é obrigado contribuir), mas quero verificar a sinceridade e o amor de vocês, comparando com a dedicação dos outros" (II Coríntios 8: 1-8) 

As mulheres que acompanhavam Jesus também ajudavam com rica generosidade e Espírito cheio de graça e misericórdia, eram mulheres sinceras, verdadeiras filhas de Deus.  

Os religiosos davam os dízimos de maneira exagerada, mas não faziam a vontade de Deus.

"Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês dão o dizimo da hortelã, do endro e do cominho, mas têm negligenciado os preceitos mais importante da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Vocês devem praticar estas coisas, sem omitir aquelas."(Mateus 23: 23). 

Os novos convertidos que davam ofertas com espírito religioso, tornavam-se duas vezes mais filhos do inferno do que seus lideres. 

"Ai de vocês, mestres da lei, e fariseus, hipócritas! porque percorrem terra e mar para fazer um convertido e, quando conseguem, vocês o tornam duas vezes mais filho do inferno do que vocês" (Mateus 23:15). 

Os mestres da lei judaica e fariseus hipócritas viviam no pecado, não praticavam a justiça, a misericórdia e a fé pura, ou seja não acreditavam nos ensinamentos de Jesus Cristo, eles não demonstravam arrependimento por seus crimes contra os pobres, necessitados e oprimidos, persistiam no erro de continuar pecando, Jesus fez criticas severas contra  homens influentes que faziam parte do sistema politico, religioso e comercial, estes para se manter no poder deste mundo corrupto faziam acordos com aperto de mão e assim selavam alianças com os filhos do diabo. As riquezas dos negociantes que faziam estas coisas abomináveis aos olhos de Deus, viraram pó e desapareceram, pois enriqueceram  à custa de mentira, engano e derramamento de sangue inocente. Ler Apocalipse 18: 11-15. 

Alguns oprimidos entre eles desejavam entrar no Reino de Deus, mas eles impediam a entrada. Como está escrito: 

"Ai de vós mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês fecham o Reino de Deus diante dos homens! Vocês mesmos não entram, nem deixam entrar aqueles que gostariam fazer a vontade do Pai para entrar no Seu Reino" (Mateus 23:13). 


A nossa missão, disse Paulo, é dedicar-se exclusivamente à pregação a respeito do Reino de Deus, dando testemunho de que Jesus é o Cristo-Salvador (Atos 18:5,9). Nessa missão Paulo também  inclui Orar sem cessar, e fazer visitas a todos que se encontram fracos na fé animando-os e ajudando todos os que fazem a obra de Deus no trabalho de ganhar a alma das pessoas, e levá-las a crescer no caminho do SENHOR  com a direção do Espírito Santo. Ler Atos 18:23.

Tenham sempre alegria, unidos com o SENHOR Jesus! Repito: Tenham alegria! Sejam amáveis com todos [...]. E a paz de Deus, que ninguém consegue entender, guardará o coração e a mente de vocês, pois vocês estão unidos com Cristo Jesus [...]. Ponham em prática o que vocês receberam e aprenderam de mim, tanto com as minha palavras como com as minhas ações. E o Deus que nos dá a paz estará com vocês (Filipenses 4: 4-9). A paz é fruto do Espírito Santo (Gálatas 5:22). Os filhos nascidos do Espírito Santo entendem a mensagem da verdadeira paz e os escolhidos são enviados para anunciar a Palavra do Reino de Deus. "...Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio" (João 20:21).

A Igreja de Jesus Cristo é constituída por verdadeiros filhos de Deus que nasceram do Espírito Santo e são vasos de honra nas mãos do SENHOR. O firme fundamento de Deus permanece tendo este selo. O SENHOR Jesus conhece os que são Seus, e também sabe quem são os que se perderam. Ler II Timóteo  2.19-21; - João 17.12. 

"Muitos serão purificados, embranquecidos e provados; mas os perversos procederão perversamente, e nenhum deles entenderá, mas os sábios entenderão" (Daniel 12: 10). 

"O temor do Senhor é o princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria  e o ensino" (Provérbios 1: 7).

"Quem tem ouvido ouça o que o Espírito diz às Igrejas! " (Apocalipse 3: 22).

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