A cegueira espiritual.

Parte 01
“Deixai-os; eles são guias cegos, guias de cegos. Ora, se um cego conduzir outro cego, ambos cairão num buraco” (Mateus 15: 14).

“Na verdade a mente deles se fechou, pois até hoje o mesmo véu permanece quando é lida a antiga aliança. Não foi retirado, porque é somente em Cristo que ele é removido. De fato, até o dia de hoje, quando Moisés é lido, um véu cobre os seus corações...” (II Coríntios 3: 14, 15).

Até o dia de hoje há um véu na mente e no coração daqueles que não nasceram de novo, e esse véu causa cegueira espiritual.

“Não foi retirado, porque é somente em Cristo que ele é removido”. 

Disse Jesus: “Eu vim a este mundo para julgamento a fim de que os cegos vejam e os que veem se tornem cegos...” (João 9: 39). 
Ou seja, os que são espiritualmente cegos terão a oportunidade de ouvir a palavra do evangelho, os que aceitam a verdade serão transformados e verão a Deus; mas quem conhece a verdade, e pode ver Deus através da palavra, mas desvia sua fé para conquistar as coisas do reino deste mundo, e investe sem consultar a vontade do Pai, se torna espiritualmente cego, este, diz que enxerga, e afirma que está vendo, e de fato está enxergando com os olhos da velha natureza, mas a natureza terrena vê apenas a letra morta e valoriza as coisas que faz parte do sistema corrupto deste mundo, pois o espirito maligno que causa a cegueira espiritual faz a pessoa enxergar as coisas que satanás mostra para a satisfazer os prazeres da carne, e os nascidos da carne não são “cristãos”, nem receberão a herança de filhos de Deus. 
Satanás mostrou a glória deste mundo para Jesus, e Jesus o repreendeu dizendo: “está escrito”. O poder da palavra vence o mundo. E você? Vai seguir o exemplo de Jesus, ou, vai aprovar as obras que um dia serão destruídas?
Os religiosos enxergaram apenas a glória deste mundo e desejaram conquistá-la. Por isso, Jesus disse que a culpa deles permanece.
Disse Jesus: “Se vocês fossem cegos, não seriam culpados de pecado; mas agora que dizem que podem ver, a culpa de vocês permanece.”
(João 9: 41).
Se os olhos te fazem pecar por não conseguir enxergar a verdade, e te impede de discernir o que é falsidade, arranque-o. Pois é preferível entrar no reino dos céus sem olhos do que ter os dois olhos e ser lançados no inferno.
Os olhos espirituais são a luz do espírito.
“Se a sua mão ou o seu pé o fizerem tropeçar, corte-os e jogue-os fora. É melhor entrar no reino de Deus mutilado ou aleijado do que, tendo duas mãos ou dois pés, e ser lançado no fogo eterno...” (Mateus 18: 8, 9).

A cegueira espiritual não deixa a pessoa ver o que é verdadeiro, ela também não consegue discernir o que é falso.
Falso quer dizer mentiroso, enganador, hipócrita, fingido e dissimulado.

Como identificar uma pessoa falsa, ou, um falso profeta? 

Compre algo que a pessoa desejou a vida inteira, faça o gol que ela desejou fazer, conquiste o que ela não conseguiu conquistar, ganhe as almas que ela não conseguiu ganhar, e para glória de Deus, faça o seu testemunho resplandecer não somente diante dela, mas que as famílias de todas as nações do mundo vejam que o Espirito Santo te capacitou para realizar o sonho de Deus, pois a resposta será a reação dela.
“Vocês não sabem que de todos os que correm no estádio, apenas um ganha o prêmio? Corram de tal modo que alcancem o prêmio...” (I Coríntios 9: 24). 
Se aquele que diz ser cristão se revoltar com as suas conquistas, e dizer que agora vai lutar para conseguir o que Deus te deu, porque você não é espiritual suficiente para investir no reino dos céus, e que ele é que deveria ter conquistado, tenha calma! Fique tranquilo, e não faça nada precipitado, porque ninguém pode tocar na unção que Deus te deu, não tenha duvidas, você é um vencedor! Pois acabou de identificar uma pessoa falsa, um invejoso que chegou primeiro, mas será o último porque não investiu na pregação do evangelho de acordo com vontade de Deus, e agora tornou-se seu maior inimigo, embora ele tenha declarado que é seu maior adversário, perdoe, e ore por ele, lembre-se das palavras de Jesus: “Amai os vossos inimigos...” use de misericórdia, porque seu inimigo ainda não entendeu que Jesus deseja investir tudo no seu ministério espiritual, através dos frutos seu adversário vai reconhecer que Deus quer usar você para ganhar o maior número de almas, Jesus te chamou e está honrando a sua fé porque é um SENHOR generoso, longânimo e misericordioso, e tem o direito de fazer o que Ele quer, e usar quem Ele quer. E que sempre seja feita a vontade de Deus, e não a do homem.
A vontade de Deus é que a semente da palavra caía em boa terra.
A semente é a palavra de Deus, e a boa terra é o coração bom e generoso que ouve a verdade e a pratica com perseverança. 
“Mas as sementes que caíram em boa terra são os que, com o coração bom e generoso, ouvem a palavra, a retêm e dão fruto, com perseverança” (Lucas 8: 15). 

O mundo inveja o cristão generoso.

“Não tenho direito de fazer o que eu quero com o meu dinheiro? Ou você está com inveja porque sou generoso?
Assim, os últimos serão primeiros, e os primeiros serão os últimos” (Mateus 20: 15, 16).
Cuidado com os lobos vestidos de ovelhas! Pois a pessoa invejosa é capaz de conseguir dinheiro escuso para tomar com esquema de fraude o que você conquistou com honestidade, fidelidade, justiça e misericórdia. 
“Sei que, depois da minha partida, lobos ferozes penetrarão no meio de vocês e não pouparão o rebanho. E dentre vocês mesmos se levantarão homens que torcerão a verdade, a fim de atrair os discípulos. Por isso vigiem!...” (Atos dos Apóstolos 20: 29 a 31).
O mundo apresenta muitos exemplos de falsidade, e um deles é o falso abraço. Existe muitos abraços falsos imitando os verdadeiros dado com fé, misericórdia, compaixão e sinceridade. Existe os que abraçam apenas para aparecer nas mídias, quantas vezes você já viu políticos corruptos abraçando os miseráveis em época de eleição? Quantas vezes você já viu religiosos orgulhosos e arrogantes abraçando gente pobre por inveja daqueles que abraçam com sinceridade e compaixão? 
Um abraço por si só não diz nada, mas sim o caráter daquele que abraça. Seja um cristão de caráter nobre, e abrace o povo oprimido com a fé que atua pelo amor, estenda a mão com sinceridade e compaixão, o mundo está carente do Amor de Deus. Mas a maldade se multiplicou e o amor se esfriou no coração de quase todos os homens, e até mesmo os próprios cristãos perderam o primeiro amor.
“Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará,...” (Mateus 24: 12).
“O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus próprios interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade...” (I Coríntios 13: 4 a  7).

O amor é paciente com os fracos na fé.
O amor é bondoso no cuidado com o povo oprimido.
O amor não inveja quem investe pesado na pregação do evangelho.
O amor não se orgulha de ter sofrido perseguição, ou de ter conquistado riqueza e poder.
O amor não maltrata...
Estando Jesus numa das cidades, passou um homem coberto de lepra. Quando viu Jesus, prostrou-se com o rosto em terra, e rogou-lhe: “Se quiseres, podes purificar-me”. 
Jesus estendeu a mão e tocou nele, dizendo: “Quero. Seja purificado!” E imediatamente a lepra o deixou.
(Lucas 5: 12, 13).

“Jesus estendeu a mão e tocou nele”
Ou seja, Jesus  usou uma fé que atua pelo amor, tocou no corpo daquele homem leproso com  sinceridade, e íntima compaixão. 
No abraço de Jesus não há falsidade. Por isso imediatamente a lepra deixou o corpo daquele homem.

É difícil de entender o que é óbvio? 
Ora, pois até o homem natural que não tem o Espírito de Deus entende!

“Não se engane com um abraço, com um sorriso, pois os falsos também sabem fazer isso” (Dami Lovato).

“... Vocês os reconhecerão por seus frutos...Assim pelos seus frutos vocês os reconhecerão!” (Mateus 7: 16, 20).

Outro grande exemplo de falsidade é o beijo de Judas Escariotes. Ler Lucas 22: 47, 48.

Quando o verdadeiro cristão lê um livro não vê apenas a letra morta, mas vê e percebe o que está acontecendo por detrás das palavras, vê a essência do que está escrito, vê a verdade, e identifica a falsidade. Lendo a Bíblia você conhece o Pai da verdade, o Deus do nosso SENHOR Jesus Cristo, mas nesse Livro Sagrado você também conhece o pai da mentira, o diabo. 
Porém, existe aqueles que não enxergam a essência da letra viva, ainda que conheçam a bíblia de Gênesis a Apocalipse, por serem espiritualmente cegos são enganados.
Cegueira espiritual é a falta de discernimento para entender a vontade de Deus. 
“Até a cegonha no céu conhece as estações que lhes estão determinadas, e a pomba, a andorinha e o tordo observam a época da sua migração. Mas o meu povo não conhece os mandamentos da palavra do SENHOR Deus. Como vocês podem dizer: Somos sábios, pois temos a lei do SENHOR, quando na verdade a falsa pena dos escribas a transformou em mentira. Os sábios (os que não tem a mente de Cristo) serão envergonhados, ficarão aterrorizados e serão pegos na armadilha. Visto que rejeitaram a palavra do SENHOR Deus; que sabedoria é essa que eles têm?” (Jeremias 8: 7, 8, 9).

“Que sabedoria é essa que eles têm?”
Eles têm a sabedoria terrena.

“Esse tipo de “sabedoria” não vem dos céus, mas é terrena; não é espiritual, mas é demoníaca” (Tiago 3: 15).


“Até a cegonha no céu conhece as estações que lhes estão determinadas, e a pomba, a andorinha e o tordo observam a época da sua migração. Mas o Meu povo não conhece o juízo do SENHOR Deus”  (Jeremias 8: 7). 
                     Cegonha                                                      Pomba
                
                              Andorinha                                   Tordo
                
“Venham todos vocês, animais do campo; todos vocês, animais da floresta, venham comer! As sentinelas de Israel estão cegas e não tem conhecimento...” (Isaías 56: 9 a 12; Leia também Oséas 4: 6).

Venham comer!
“Observem as aves do céu: não semeiam nem colhem nem armazenam em celeiros; contudo, o Pai Celestial as alimenta. Não têm vocês muito mais valor do que elas?... (Mateus 6: 26, 27).

Observem as aves do céu.
  
    


“...Vejam como crescem os lírios do campo. Eles não trabalham nem tecem. Contudo, Eu lhes digo que nem Salomão, em toda sua glória, vestiu-se como um deles...
        
...Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no fogo, não vestirá muito mais a vocês? Homens de pequena fé? (Mateus 6: 28 a 32).

Muitos escutam a palavra, mas continuam com o velho coração, e não conseguem ver Deus com os olhos espirituais. Foi o caso de Jó, ele era um filho íntegro e reto, temia a Deus e evitava fazer o mal, mas grande foi o seu sofrimento, e em tudo que sofreu não pecou com seus lábios, pois acreditava na existência do seu Criador, contudo, foi necessário passar por tudo aquilo que significa “fogo”, e por tudo o que representa “águas” para conseguir ver Deus com os olhos espirituais. 
Então sua mulher lhe disse: “Você ainda mantém a sua integridade? Amaldiçoe a Deus, e morra!” (Jó 2: 9).
                           
“Não tema, pois Eu o resgatei; Eu o chamei pelo nome; você é meu. Quando você atravessar as águas, Eu estarei com você; quando você atravessar os rios, ele não o cobrirão. Quando você andar através do fogo, não se queimará; as chamas não o deixarão em brasas. Pois EU SOU O SENHOR, o seu Deus, o Santo de Israel, o seu Salvador;...” (Isaías 43: 1, 2, 3).

Quando conhecia a Deus só de ouvir, Jó sentia saudades das honras do passado, e falava com orgulho do tempo em que vivia cercado de pessoas (pobres, órfãos e viúvas) com os quais dividia seus bens, Jó era enaltecido por ser o homem mais rico do oriente, ele tinha nome, dinheiro e poder, e recebia elogios por ajudar os necessitados. Ler Jó 29: 1 a 25. 
Mas o homem que era santo (separado do pecado), e que foi reconhecido por Deus como um filho irrepreensível e inculpável, precisava saber quem é satanás, e que na terra não havia nenhum homem justo capaz de derrotá-lo sem ter o Espírito de Deus, Jó precisava entender que era um simples humano, menor do que o seu Criador, tinha que compreender que somente crer na existência de Deus não basta, pois até os demônios creem que existe um só Deus e estremessem. Confira em Tiago 2: 19. Na ignorância espiritual Jó obscurecia os conselhos de Deus com palavras sem conhecimento, ele precisava saber que nenhum homem nem nada na terra deve se equiparar a Deus, pois o Todo-Poderoso pode todas as coisas e reina sobre todos.
Jó sofreu, chorou, fez reclamações, e revoltado atribuiu todo seu sofrimento a Deus, se lamentou, desabafou, achava que sabia tudo, e falou o que não devia, amaldiçoou o dia do seu nascimento, mas sobreviveu.  
Jó precisava menosprezar o seu “eu” e entender que era apenas um simples homem que desconhecia a força do diabo, Jó não imaginava que satanás, o príncipe das trevas, seria capaz de destruir tudo o que ele tinha na terra. 
Jó conhecia Deus só de ouvir.
O SENHOR fala, e responde as queixas de Jó: 
“Prepare-se como simples homem que é; Eu lhe farei perguntas, e você me reponderá.
“Onde você estava quando lancei os alicerces da terra? Responde-me, se é que você sabe tanto...
Você vai pôr em dúvida a minha justiça? Vai condenar-me para justificar-se?
Seu braço é como o de Deus e sua voz pode trovejar como a dele?...
Nada na terra se equipara a ele: criatura destemida! Com desdém olha todos os altivos; reina soberano sobre todos os orgulhosos” (Jó 38: 3, 4; - 40: 7, 8, 9; - 41: 33, 34).
Depois de ouvir a resposta de Deus, Jó reconheceu que havia falado de coisas que não entendia, e arrependido se humilhou no pó e na cinza. 
Então Jó respondeu ao SENHOR: “Sei que podes fazer todas as coisas; nenhum dos teus planos pode ser frustrado. Tu perguntaste: ‘Quem é esse que obscurece o meu conhecimento? Certo é que falei de coisas que eu não entendia, coisas tão maravilhosas que eu não poderia saber. Tu disseste:‘ Agora escute, e Eu falarei; vou fazer-lhe perguntas, e você me responderá’. Meus ouvidos já tinham ouvido a Teu respeito, mas agora os meus olhos te viram. Por isso menosprezo a mim mesmo e me arrependo no pó e na cinza” (Jó 42: 1 a 6).
Jó se arrependeu e aprendeu a lição. Conseguiu ver Deus com os olhos espirituais, e tudo foi lhe restituído em dobro. 
“Deus abençoou o final da vida de Jó mais do que o inicio...” (Jó 42: 12 a 16).
 
“Esse é o fim da sua vida, e do solo brotam outras plantas...
   
...Pois é certo que Deus não rejeita o íntegro, e não fortalece as mãos dos que fazem mal. Mas, quanto a você, Ele encherá de riso a sua boca e de brados de alegria a seus lábios. Seus inimigos se vestirão de vergonha, e a tenda dos ímpios não mais existirão” ( Jó 8: 20 a 22).

Aqueles que não entendem a vontade de Deus se desviam da verdade, e não conseguem reconhecer a grandeza do SENHOR dos Exércitos, e acabam servindo a religião, pois quem depende do homem não consegue ver a glória de Deus. Foi o que aconteceu com Israel. Jesus desejava usar a espada do Espirito Santo para estabelecer a paz e abençoar o povo amado de Deus, mas eles o rejeitaram, por isso sofreram vexame e destruição espiritual, não conseguiram ver a glória de Jesus no último templo, Jesus estava lá para lhes anunciar as boas novas, mas eles fecharam a mente e não abriram a porta do coração. Ou seja, não tiveram o privilégio de ter um corpo celestial que é o templo do Espírito Santo. Ler João 1: 10, 11, 10, 11; e, I Coríntios 15: 47 a 49.

Quando a pessoa rejeita a palavra de Deus sua mente trabalha sob o domínio do deus deste século, e sem o pleno conhecimento da verdade o povo é enganado e destruído.
“Você foi destruído, ó Israel, porque está contra mim, contra o seu ajudador. 
E agora? Onde está o seu rei que havia de salvá-lo em todas as suas cidades? E os oficiais que você pediu, dizendo: ‘Dá-me um rei e líderes’ ? Dei-lhe um rei na minha ira, e o tirei na minha indignação” (Oséias 13: 9 a 11).

O coração do homem carnal conhece apenas as coisas que fazem parte do sistema corrupto deste mundo, e a mente da velha natureza se identifica somente com rituais religiosos, e com o “eu” do ser humano.  
O espírito do homem natural não entende nada do poder do Espirito Santo. 

Por isso, Paulo orou:
“... Peço que o Deus de nosso SENHOR Jesus Cristo, o glorioso Pai, lhes dê Espírito de sabedoria e de revelação, no pleno conhecimento dele” (Efésios 1: 17). 

Eliseu também orou: “Senhor, abre os olhos dele para que veja...” (II Reis 6: 17). 

A cegueira espiritual gera murmuração e indignação contra Deus, e os problemas fazem a pessoa se queixar e usar a fé religiosa para buscar as coisas que satisfazem os desejos da carne, e para conquistar aquilo que seu coração egoísta deseja ela busca ajuda na idolatria, e o seu maior ídolo é a sua própria vontade, os preceitos e regras religiosas a fazem confiar nos conselhos dos homens, e os conselhos que vem da sabedoria humana afasta o coração e a mente de Deus. 
“Maldito é o homem que confia nos homens, que faz da humanidade mortal a sua força, mas cujo coração se afasta do SENHOR Deus” (Jeremias 17: 5).
Foi o que aconteceu com o povo de Israel, eles endureceram o coração, e se afastaram de Deus, desejaram voltar ao Egito para pedir ajuda de Faraó, e Deus não se agradou da maioria deles, e num só dia morreram vinte e três mil. 
“Todos comeram do mesmo alimento espiritual e beberam da mesma bebida espiritual; pois bebiam da rocha espiritual que os acompanhava, e essa rocha era Cristo. Contudo, Deus não se agradou da maioria deles;...” (I Coríntios 10: 3 a 10).
Ou seja, todos fazem parte da mesma Igreja (Esposa de Cristo), e recebem o mesmo alimento espiritual (palavra de Deus), pois bebem da rocha espiritual (Jesus) que os acompanha, contudo, a maioria acredita mais na religião, e escolhe servir o homem, por isso, Deus não se agrada da maioria deles.  
Eles acreditavam na justiça de Faraó, por isso, se queixaram e disseram a Moisés: 
“...Deixe-nos em paz! Seremos escravos dos egípcios! Antes ser escravos dos egípcios do que morrer no deserto!”(Êxodo 14: 12).

O Amor Divino conduziu o povo, e os israelitas atravessaram o mar pisando em terra seca, Deus triunfou gloriosamente!
Mas depois de três dias caminhando no deserto sem encontrar água, começaram reclamar a Moisés, dizendo: “Que beberemos?” (Êxodo 15: 24).
No deserto toda comunidade de Israel reclamou. 
Disseram-lhes os israelitas:“Quem dera a mão do Senhor nos tivesse matado no Egito! Lá nos sentávamos ao redor das panelas de carne e comíamos pão à vontade, mas vocês nos trouxeram a este deserto para fazer morrer de fome toda esta multidão!” (Êxodo 16: 3).
A cegueira espiritual leva a pessoa depender da justiça humana, e essa justiça causa acomodação espiritual, ela mesma é negligente, não lê a bíblia, nem mantém comunhão com Deus para extrair o Espirito da palavra, come o pão da preguiça e se torna escrava da situação, luta apenas pelas coisas que perecem.
Paulo pregou a verdade e deixou claro aos cristãos de Coríntios que a fé dos verdadeiros cristãos não se apoia em sabedoria humana, mas no poder de Deus. A  sabedoria dos cristãos aperfeiçoados na palavra de Deus não é terrena, a inteligência dos poderosos que usam a fé para conquistar coisas inúteis (poder, honra e glória do reino deste mundo) perecerá. Porque esse tipo de sabedoria será aniquilada, assim as coisas inúteis que eles tanto desejaram conquistar também serão destruídas. A sabedoria que vem do Espirito da palavra de Deus está oculta porque não é deste mundo, mas é um entendimento que vem do céu, do trono de Deus, esse conhecimento será revelado aos cristãos que são considerados pequenos, fracos e humildes, os quais Deus escolheu para confundir e aniquilar os que são poderosos, fortes e sábios segundo o mundo.
Os religiosos e orgulhosos consideravam Paulo um homem fraco, e de fala desprezível. No entanto, foi este vaso fraco que Deus usou com poder, para a salvação deles.
Pois alguns dizem: “As cartas dele são duras e fortes, mas ele pessoalmente não impressiona, e a sua palavra é desprezível” (II Coríntios 10: 10).

Você acha que hoje não existe pessoas que têm o mesmo espírito arrogante e orgulhoso da época de Paulo? 
Mas ainda que digam: “Sua palavra é desprezível” enquanto viver, devemos continuar proclamando a palavra de Deus! Ainda que as palavras do Espírito Santo sejam duras e fortes, não estamos indo longe demais, pois a nossa pregação são ensinamentos para edificar a vida espiritual, e não para destruir.
Quanto aos religiosos, eles querem ser pessoas notáveis, desejam elogios e aplausos do mundo, e não engrandecem Jesus nas suas obras, não pregam de maneira que somente Jesus Cristo possa ser visto, desejam aparecer e engrandecer a religião (denominação) falam de si mesmo e buscam a sua própria glória.
Quanto mais a religião (denominação) aparece, menos Jesus Cristo será visto. Importa que o Rei dos reis e SENHOR dos senhores apareça. Mas o homem quer que as suas conquistas apareçam, quer que as pessoas acreditem nas suas próprias obras, mas os que têm a mente de Cristo, e vivem no Espírito são conhecidos pelos frutos, e pelos frutos é possível saber quando a obra é do homem e não do Espírito Santo, quem conhece a verdade percebe a diferença daquele que obedece e serve de acordo com a vontade de Deus. 
“Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos” (João 14: 15).
Se a pessoa não deseja conhecer a verdade, e rejeita o sacrifício e a ressurreição de Jesus, satanás consegue cegar o entendimento, e a ambição faz ela querer conquistar mais e mais no reino deste mundo.
Os guias cegos deste mundo profanaram o sangue da nova aliança, tornaram-se adversários de Cristo, e insultaram o Espírito Santo, eles consideram o sacrifício de Jesus como algo sem valor.
“Quão mais severo castigo, julgam vocês, merece aquele que pisou aos pés o Filho de Deus, profanou o sangue da aliança pelo qual ele foi santificado, e insultou o Espirito da graça?” (Hebreus 10: 29, 30, 31).
Satanás cegou o entendimento dos filhos de Israel, e o povo não aceitou a mensagem de salvação, deixaram a palavra de Deus para buscar ajuda na religião, desejam voltar aos sacrifícios de animais.
O templo em Jerusalém era o centro da vida religiosa dos judeus, ali eram realizados varias cerimonias da antiga aliança, e com todas as regras e rituais funcionava a economia e o poder político, ali se concentravam todas as autoridades, e as coisas que os judeus, escribas e fariseus, e outros religiosos faziam em oculto era algo vergonhoso. 
Eles praticavam em oculto e se tornavam cúmplices das obras infrutíferas das trevas.

“...Mas, tudo o que é exposto pela luz torna-se visível, pois a luz torna visíveis todas as coisas” (Efésios 5: 12, 13).

A falta de luz para iluminar os olhos espirituais tem levado as pessoas entrar em competição, e por querer viver na ostentação muitos acreditam no homem e ficam escravas da religião.
A Bíblia fala que a ostentação dos bens não provém de Deus.
“Pois tudo o que há no mundo - a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens não provem do Pai, mas do mundo” (I João 2: 16).

O que significa ostentação?

Quando a pessoa quer mostrar que pode ter mais, ela faz de tudo para fazer a coisa acontecer, e quando consegue, expõe a sua grandeza (fama, dinheiro e poder) com intenção de fazer o maior número de pessoas ver a sua própria glória, isto é ostentação.
Os que amam o dinheiro adoram gastar e contar que dispõe de recursos financeiros para fazer o que outros não fizeram no reino deste mundo. 
O mundo ensina a pessoa buscar proteção no dinheiro, e os tolos desprezam a sabedoria Divina para armazenar tesouros na terra.
“A sabedoria oferece proteção, como faz o dinheiro, mas a vantagem do conhecimento é esta: a sabedoria preserva a vida de quem a possui” (Eclesiastes 7: 12).

Por falta de conhecimento da verdade o povo aceita tudo sem consultar a vontade de Deus, assim o império das trevas  ganha força e os que rejeitam a palavra que preserva a vida, se tornam amigos do mundo, companheiros dos perversos, e sócios do deus deste século.
”O deus deste século (satanás) cegou para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus”. Ler II Coríntios 4: 4.

Por isso, Jesus nos ensinou que não devemos amar o mundo nem as coisas que há no mundo.
“O mundo e a sua cobiça passam, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (I João 2: 17).
Mesmo quando alguém conquista grandes riquezas, sua vida não vem das coisas que possui. Ler Lucas 12: 15.

A verdadeira segurança do cristão vem de conhecer a vontade de Deus e seu propósito. Quem conhece a verdade não é enganado.
“Esta é a vida eterna: que te conheçam, o Único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17: 3).
Paulo abandonou os rituais da religião dos fariseus e desprezou a glória desta vida terrena por causa da sublimidade do conhecimento da verdade que há em Jesus Cristo.
“...Por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo...” (Filipenses 3: 7, 8).
Muitos fizeram o oposto de Paulo, usaram a fé para exercer a justiça própria e ostentaram enormes riquezas, mostraram a grandeza do reino deste mundo, e por não valorizar a palavra de Deus perderam a benção da vida espiritual.
O homem natural não conhece nada das coisas do Espírito. 
“Quem não tem o Espírito não aceita as coisas que vêm do espírito de Deus...” (I Coríntios 2: 14). 

A medida que ocupamos o lugar que Jesus nos preparou no Reino de Deus, o Espírito Santo vai iluminando os olhos da mente e do coração, então começa a caminhada com Deus, e a vida no Espírito.
E onde está o Espírito do SENHOR, ai há liberdade. Ler II Coríntios 3: 17.
Onde há liberdade e obediência não há escravidão, nem a opressão da religião. O verdadeiro cristão é um filho que pratica os mandamentos de Jesus, e o filho obediente vê o Pai com os olhos espirituais, e anda no Espírito. 

Quem anda na luz contempla a glória do Pai, não há mais o véu que cega os olhos espirituais.

Quando o véu é tirado dos olhos do coração, Jesus aparece em meio a escuridão e dissipa todas as trevas. Deus atinge o alvo! E nos concede o poder de sermos chamados de filhos amados!
Ou seja, Deus nos concede o poder de decisão, podemos decidir ser verdadeiro cristão e filho de Deus, ou, apenas um servo do homem, e escravo da religião.
“Vejam como é grande o amor que o Pai nos concedeu: sermos chamados filhos de Deus, o que de fato somos!” (I João 3: 1).
Estêvão era filho nascido do Espírito.
“Mas Estêvão, cheio do Espírito Santo, levantou os olhos para o céu e viu a glória de Deus, e Jesus em pé, à direita de Deus,...” (Atos dos Apóstolos 7: 55).
Os que mataram Estêvão se diziam filhos de Israel, mas por causa da maldade que praticaram sofreram as consequências de seus atos na sua própria terra, e desencadeou-se grande perseguição contra a Igreja em Jerusalém. 
A profecia indicava a ruína de Israel, e até sua vegetação foi destruída, e nem os pastores pouparam o rebanho.
“Abra as suas portas, ó Líbano para que o fogo devore os seus cedros. Agonize, ó pinheiro, porque o cedro caiu e as majestosas árvores foram devastadas...
Aqueles que vendem o rebanho do SENHOR Deus, dizem: ‘Bendito seja o Senhor, estou rico!’ 
Nem os próprios pastores poupam o rebanho” (Zacarias 11: 1 a 5).


“As majestosas árvores foram devastadas...”

Tanto as árvores que produzem bons frutos como as que produzem frutos maus tem suas estações (Outono, inverno, primavera, verão).

Mas a Videira Verdadeira é diferente das demais árvores.

Jesus não fala de estações, mas de ramos, folhas verdes, flores e frutos. 

Ele diz que é pelos frutos que se conhece a árvore. Os frutos da Videira verdadeira é uma dádiva de Deus, e por ser verdadeira nunca fica sem folhas verdes, flores e frutos, dela podemos tirar alimento para fortalecer a vida espiritual, nela não há mudança nem sombra de variação. 

No que se refere aos frutos do Espírito Santo, Deus exige que haja fruto em todo o tempo. 
“Mas  o fruto dos Espírito é Amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio” (Gálatas 5: 22, 23).

Jesus não espera a estação chegar para colher frutos, e quando chega para colher frutos, Ele não quer saber se é ou não tempo de colheita.
“... Jesus teve fome.
Vendo a distancia uma figueira com folhas, foi ver se encontrava nela algum fruto. Aproximou-se dela, nada encontrou, a não ser folhas, porque não era tempo de figos. Então lhe disse: “Ninguém mais coma de seu fruto...” (Marcos 11: 12, 13, 14).
A figueira tinha folhas verdes (aparência), mas não tinha fruto, essa árvore representava Israel. 
Israel não produziu fruto espiritual, e o povo foi destruído por falta de conhecimento da verdade. Ler Oséias 4: 6. 
Rejeitaram o evangelho de Jesus, caíram no erro da desobediência, e as colheitas foram amaldiçoadas.
“O que o gafanhoto cortador deixou, o gafanhoto peregrino comeu; o que o gafanhoto peregrino deixou, o gafanhoto devastador comeu; o que o gafanhoto devastador deixou, o gafanhoto devorador comeu” (Joel 1: 4).

Aquele que era cabeça virou cauda, e seus filhos foram atingidos por pragas, enfermidades, ansiedades do mundo, loucura, escravidão e morte. A nação escolhida experimentou o fruto da desobediência e não entrou no descanso de Deus. Ler Deuteronômio 28: 15 a 58.
“Portanto, esforcemo-nos por entrar nesse descanso, para que ninguém venha a cair, seguindo aquele exemplo de desobediência” (Hebreus  4: 11).
Hoje não é diferente.  Aquele que é senhor ficou escravo dos problemas, e por não buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a Sua justiça, foi vencido pelos inimigos, e seus servos mais íntimos foram atingidos por enfermidades e morte, outros que já tiveram poder, influência e prestígio político, caíram no ostracismo, causaram escândalos e até agora são envergonhados diante da sociedade.
Eles desprezaram a palavra de Deus e experimentaram o fruto da desobediência. 
Se outra árvore crescer e ousar tomar a glória da Videira Verdadeira será destruída para aprender produzir o fruto do Espírito, ter  humildade, e reconhecer que os Céus dominam. Pois a glória é de Deus!
“Essa árvore, ó rei, és tu!...
...Derrubem a árvore e destruam-na, mas deixem o toco e as suas raízes, presos com ferro de bronze; fique ele no chão, em meio a relva do campo...” (Daniel 4: 22, 23).
Observação:
A árvore que Deus mandou destruir era o orgulhoso e arrogante Nabucodonosor, rei de Babilônia. A profecia de Daniel se cumpriu, e o rei foi deposto de seu trono real e despojado de sua glória.
 “Tu serás expulso do meio dos homens e viverá com os animais selvagens...
Foi expulso do meio dos homens e sua mente ficou como a de um animal; passou a viver com os jumentos selvagens e a comer capim com os bois;...” (Daniel 4: 24 a 27; e 5: 19, 20).

O filho que não produz fruto do Espírito é cortado e queimado no fogo.

“Todo o ramo que, estando em mim, não da fruto, Ele corta; e todo que dá fruto Ele poda, para que dê mais fruto ainda...” (João 15: 1 a 17).

A vida espiritual do cristão está ligada a Videira Verdadeira.

Os galhos que produzem frutos bons, permanecem e fazem a diferença! 

“Permaneçam em Mim, e Eu permanecerei em vocês. Nenhum ramo pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Vocês também não podem dar fruto, se não permanecer em mim. Eu Sou a videira verdadeira; vocês são os ramos...”

(João 15: 4, 5 ).
                                    

O diabo odeia a árvore cheia de folhas verdes, cachos de flores e bons frutos, ele quer que a árvore boa fique sequíssima, e jamais produza bons frutos. Mas nessa batalha espiritual a colheita é gloriosa!
                                

Não é uma bela lição!

O Deus do nosso SENHOR Jesus Cristo é um Deus de grandezas, de vida em abundancia e qualidade espiritual!

Os ramos cheios de frutos são bençãos do reino de Deus, herança que jamais poderá murchar, macular-se ou perder o seu valor. 
“Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês tesouros nos céus...” (Mateus 6: 19 a 24).

Os olhos espirituais conseguem ver as grandezas de Deus.

“Muitos serão purificados, embranquecidos e provados; mas os perversos procederão perversamente, e nenhum deles entenderá, mas os sábios entenderão” (Daniel 12: 10). 

“O temor do Senhor é o princípio do saber , mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino” (Provérbios 1:  7).

“Quem tem ouvido ouça o que o Espírito diz às Igrejas!”  (Apocalipse 3: 22).